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50 anos de namoro!

Meio século de conquistas, lutas e felicidades!

O meu namoro com a Bela se aliançou pelo noivado e se agigantou no casamento. Movido pela fé, a esperança e o amor, ele cresceu e frutificou no tempo.

Foi em um domingo, dia 1° de agosto de 1971, que, por volta do meio-dia, eu avistei a Bela, tão logo o barco “Tocantins” desatracou do “Porto do Sal”, em Belém, rumo ao Porto de “Nossa Senhora do Tempo”, onde aportamos para, de ônibus, completar a viagem até Abaetetuba.

No instante em que contemplei o rosto daquela jovem de 18 anos, os meus sentidos se ausentaram de qualquer outra coisa no planeta, e ela passou a ser o único foco do meu ser.

Durante todo o tempo de navegação pela baía de Guajará e rio Acará, de aproximadamente duas horas, os meus olhos continuaram fitos naquela bela mulher. O seu sorriso inebriante e o ecoar da sua voz suave e meiga alimentaram grandiosamente a minha alma de carícias, mais do que qualquer outra pessoa jamais conseguiria fazê-lo; e o seu olhar, mesmo fixo no horizonte, atingiu o meu coração como que “um tiro de amor” tivesse sido disparado “à queima-roupa”.

Mas, durante a mudança do modal de transporte, de barco para ônibus, eu a perdi de vista e, chegando a Abaetetuba, a bondosa Maria Paula, minha inesquecível mãe, observou que eu estivera pensativo por toda aquela primeira semana de agosto porque queria vê-la novamente e ouvir a sua terna voz.

Passei a orar a Deus pedindo direção para tornar a encontrá-la. Até que, poucos dias depois, a bênção do Criador me alcançou novamente, e lá estava ela: Bela!

E hoje, quando a vejo, ainda sinto a mesma vibração e a mesma paixão que senti no dia em que a conheci e na data em que ela me aceitou como seu namorado, há 50 anos.

A bela mulher que avistei no barco continua irradiando simpatia e beleza, porque estando calada ou falando, parada ou caminhando, nela tudo é formosura e encanto. E o transcurso do tempo acresceu-lhe maturidade, tornando-a uma preciosa referência de filha, irmã, esposa, mãe, sogra, avó e amiga. Dedicada em tudo o que faz, constituiu-se em um verdadeiro esteio para inúmeras famílias: envolve a todos com o seu sorriso e seu afeto por onde passa; está sempre pronta a estender a mão a quem precisa; possui determinação e fé inabaláveis; e aonde vai transmite amor, paz e esperança.

Rendo louvores ao Senhor porque, desde o distante 17 de agosto de 1971, tenho desfrutado a vida namorando com a mulher que amo – como aconselhou o escritor do livro de Eclesiastes, capítulo 9, versículo 9 – e continuarei a fazê-lo, sob as bênçãos de Deus, até que se completem os meus dias na Terra; e, afinal, entre todos aqueles que têm sido abençoados pela sua existência, eu me tornei o mais bem-aventurado por me deleitar completamente com a sua presença, uma conquista que começou como o sonho de um adolescente apaixonado pela bela garota que viu no barco.

Benzinho, hoje chegamos às nossas Bodas de Ouro que, na corrida do tempo, podem ser expressas, alternativamente, como 18.263 dias, 446.952 horas, 26.817.120 minutos ou 1.609.027.200 segundos de namoro. Que fossem milhões de anos, ao seu lado eu não me cansaria de dizer: EU AMO VOCÊ!

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