O perigo real do coronavírus no Pará foi o assunto do dia na sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alepa) dessa terça-feira (17), e um dos principais destaques na tribuna foi o deputado Raimundo Santos (Patriota), que apresentou dois requerimentos com propostas de prevenção ao contágio da doença, tendo em vista o fluxo diário de demandas populares no Parlamento e para buscar maiores esclarecimentos do sistema de saúde acerca das ações de contenção à ameaça do Covid-19 no Estado. “A Assembleia Legislativa precisa tomar posição de vanguarda”, cobrou ele em pronunciamento.
Antes da anunciada apresentação de providências do Parlamento, o que ocorreu pós-sessão ordinária, Raimundo Santos já havia registrado propostas protetivas na Alepa voltadas tanto ao público quanto a servidores.
Preocupado com o crescimento de casos pelo mundo e o índice geométrico de notificações no Brasil, o que o fez classificar a enfermidade de “catástrofe sanitária e econômica global” e “pânico social”, ele agradeceu a aprovação do requerimento verbal que converteu a proposição de sua autoria de sessão especial para a condição de reunião, prevista para amanhã com representantes do sistema de saúde. A mudança técnica ocorreu em sua argumentação baseada no artigo 125 do Regimento Interno (RI).
Nas três intervenções que fez durante a sessão, inclusive em dois apartes, o parlamentar defendeu enfaticamente atenção de órgãos de vigilância sanitária e de saúde no aspecto geral quanto à proteção e assistência à população, “principalmente a classe mais carente”.
Na reunião com o secretário estadual de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, que fez exposição sobre a estrutura da rede estadual para prevenir e tratar de possíveis casos de coronavírus, Raimundo Santos ponderou sobre a responsabilidade de cuidados específicos no âmbito do Executivo.
Na companhia de outros parlamentares, ele debateu com o titular da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) o quadro atual do problema, os riscos e as medidas preventivas desenvolvidas pelo sistema.
Na proposição referente à Alepa, ele solicitou o cancelamento de sessões especiais, solenes e audiências públicas marcadas ou previstas para um período de até 60 dias, além da implementação de medidas de isolamento social para evitar agrupamentos nas galerias do plenário “Newton Miranda” e em setores de atendimento público, como o Departamento de Bem-Estar Social (DBES) e o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC).