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Exército e Bicentenário da Independência são destaques em sessão solene

Solenidade na Alepa com a presença massiva de autoridades militares foi presidida pelo deputado Raimundo Santos, autor da proposição

O deputado Raimundo Santos (PSD) presidiu hoje (15 de junho) sessão solene da Assembleia Legislativa (Alepa) em atenção a requerimento de sua autoria, aprovado de forma unânime, como homenagem e resgate ao Dia do Exército Brasileiro, comemorado anualmente no País em 19 de abril, e pelo transcurso do Bicentenário da Independência do Brasil na data de 7 de setembro desse ano. Na ocasião, o parlamentar anunciou a apresentação de outra proposição para mais uma sessão solene em breve, como tributo ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, o 2º BIS, que em 20 de agosto completa 180 anos de criação no Pará.

“A cada ano esta Casa tem prestado suas homenagens, em sessão solene, para as Forças Armadas, como agora ao Exército Brasileiro”, disse o deputado Raimundo Santos. “Há muitos anos eu requeiro essas sessões porque aprendi ainda na infância a importância das Forças Armadas para o nosso País. E esse ano é o último em que estou aqui. Estou encerrando a atuação parlamentar nessa Casa, já é o 8º mandato, não estou acabando a carreira. Como disse o apóstolo Paulo – estou na primeira fase, na primeira expressão do versículo –, ‘combati o bom combate’ nesta Casa, com debates sensatos, das ideias, na atuação parlamentar, na entrada de projetos, apresentação de emendas, acompanhando, fiscalizando aquilo que acontece no âmbito do Poder Legislativo, nas comissões, no plenário. Mas estamos encerrando a atuação aqui, e não seria diferente nesse ano, principalmente quando estamos no ano da comemoração de dois séculos da nossa Independência”, observou.

A solenidade nessa quarta-feira ocorreu no Auditório João Batista, que ficou lotado com o alto escalão do Exército no Estado e na região amazônica, comandantes e demais oficiais das principais unidades da corporação, além de representantes da Marinha do Brasil, da Aeronáutica, da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. A Banda de Música do Comando Militar do Norte marcou presença e fez apresentações vibrantes na execução do Hino Nacional Brasileiro, da “Canção do Exército Brasileiro” e do Hino do Pará.

A mesa oficial do evento foi composta, além do deputado Raimundo Santos, pelo General de Exército João Chalella Júnior, comandante do Comando Militar do Norte; General de Divisão Otávio Rodrigues Miranda Filho, comandante da 8ª Região Militar; major-brigadeiro do ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, comandante do I Comando Aéreo Regional (I Comar); capitão de corveta Desimar Inocêncio de Jesus, que representou o comandante do 4º Distrito Naval, vice-almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa; coronel Silva Júnior, representando o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, coronel Hayman Apolo Gomes de Souza; e tenente-coronel Artur Fernandes, representante do comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Dilson de Souza. Na plateia, entre várias autoridades, esteve presente o major da Polícia Militar Guaraci Fabiano Paranhos Guimarães Júnior, chefe do Gabinete Militar da Alepa.

 

VALORIZAÇÃO

O deputado Raimundo Santos fez um pronunciamento enaltecendo a importância do Exército Brasileiro e também da Independência do Brasil, cujas comemorações institucionais já vêm ocorrendo pelo País, exaltando a conquista e consolidação da soberania da nação. Sobre o Exército, podem ser destacados os seguintes trechos:

“O papel do Exército Brasileiro para o País é o que tem assegurado a nossa democracia, assegurado a nossa Independência. Nós conhecemos, por meio da História, que a Independência foi proclamada, mas não fosse o papel do Exército, por exemplo, garantindo a unidade do território, a soberania nacional, essa independência teria sido letra morta ou uma fala que o eco seria só quando foi proclamada, não teria desdobramentos.

Louvamos a atuação dos bravos heróis, militares que asseguraram essa Independência. Nessa primeira parte do grande slogan do Exército, creio que a partir dos anos 1990, no ‘Braço Forte’, que foi exatamente em repelir adversários, invasores, de procurar serenar, pacificar internamente o País, tivemos tantas guerras, Tríplice Aliança, guerra mundial, e tantas outras, e assim a atuação do Exército Brasileiro pôde sustentar aquilo que foi proclamado.

E não somente isso: a garantia da lei, da ordem, do funcionamento dos poderes constitucionais, porque o Artigo 1º da Constituição Federal estabelece a identidade para o Brasil como Estado Federal. E o nosso nome de identificação, em nível mundial, é República Federativa do Brasil.

(…)

Então louvamos o papel do Exército, não somente como Braço Forte, mas com a ‘Mão Amiga’. Agora mesmo, por ocasião da pandemia, foi fundamental o papel do Exército para levar o remédio, para dar assistência, conduzir doentes, leva água,  conduzir ação de infraestrutura, estradas, e tantas coisas mais – e às vezes até, de forma silenciosa, sem que se tenha de divulgar também.

Então meu caro general de Exército [João Chalella Júnior], é uma alegria muito grande estar me despedindo aqui desta Casa, festejando mais uma vez a atuação do Exército Brasileiro, e também os 200 anos da nossa Independência.

Quero finalizar a minha saudação transmitindo os cumprimentos do presidente da Casa, deputado Francisco Melo, conhecido politicamente como Chicão, que está em missão [oficial]. Os deputados aprovaram à unanimidade esse requerimento, como todos os anos, mas cada um está em missão – o nosso Estado do Pará é continental. Eu mesmo quase não dormi à noite toda para, no trabalho logístico em Melgaço [na região do Marajó], sair pela madrugada e conseguir chegar aqui para presidir essa sessão, cumprindo o meu papel parlamentar.

Mas o conjunto dos parlamentares exalta a atuação do Exército Brasileiro, festeja, de forma que estamos nesse momento contentes porque a nossa Pátria tem a guarida, a vigilância, atuação, às vezes com o próprio sangue, com a própria vida, dos integrantes do Exército Brasileiro para, no decurso dos anos, como foi no passado, estar zelando em favor de todos os filhos dessa querida Mãe Gentil.

Viva, portanto, o Exército Brasileiro, viva a nossa democracia, vida a nossa liberdade e viva o nosso querido Brasil!

A Assembleia Legislativa festeja, aplaude e reconhece a importância do Exército para a existência do nosso Brasil. Não fosse o papel do Exército, certamente esse país não existiria como existe hoje. Na atuação dos nossos antepassados, e a atuação presente, e a atuação futura é o que nos assegura a liberdade e o Brasil livre e reconhecido internacionalmente como a República Federativa do Brasil. Muito obrigado!”.

GRATIDÃO

O comandante do CMN, General de Exército João Chalella Júnior, em seu discurso, agradeceu na tribuna ao parlamentar pela iniciativa da sessão solene em homenagem à respeitada corporação. “Senhor deputado estadual Raimundo Santos, além de amigo do Exército, amigo das Forças Armadas, proponente dessa sessão solene, a quem eu aproveito para cumprimentar pelo seu oitavo mandato, terminando o oitavo mandato”, afirmou ele.

“Ninguém chega a oito mandatos à toa. Porque a cadeira que o senhor ocupa, o cargo que o senhor ocupa, é o povo paraense que o colocou aqui. Meus cumprimentos! Eu aproveito para agradecer ao senhor, além de ser o proponente [da solenidade], a honra que o senhor está me dando de eu poder falar aqui dessa tribuna, que sei que é reservada aos excelentíssimos senhores deputados, onde se discute aquilo que interessa ao povo do Pará. Então muito obrigado por essa honra. Normalmente, no Exército, a gente diz o seguinte: ‘Depois do comandante, ninguém fala!”. E o meu comandante acabou de falar! Mas ainda assim eu vou ousar falar alguma coisa em agradecimento a essa sessão que o senhor é o proponente”, adiantou.

A seguir, a transcrição literal de alguns dos principais momentos de sua manifestação, após cumprimentar os integrantes da mesa e enaltecer a parceria do Exército com as Forças coirmãs Marinha e Aeronáutica e o sistema de segurança estadual na área da Amazônia Oriental:

“Inicio minhas palavras expressando a minha alegria, honra e gratidão em, ocupando o mais alto cargo militar na Amazônia Oriental, representar o meu, o seu Exército nessa significativa homenagem à Força Terrestre concedida por essa Casa Legislativa, digna representante do povo paraense. Obrigado, deputado Raimundo Santos, uma vez mais, pelo seu reconhecimento e pelo reconhecimento dos nossos deputados, pela homenagem dos nossos deputados, que todos aprovaram, essa proposta do senhor.

Esse Exército surgiu em 1648, cerca de um século e meio após o descobrimento do Brasil, no episódio de Guararapes, quando brancos, índios e negros, conjurados livremente, se uniram para defender a Pátria e expulsar o invasor estrangeiro.

Dessa união, da moção de pertencer à terra, da necessidade de proteger nossa gente, nossas famílias e nossas riquezas, nascia uma nação, e ela, com ela, um Exército.

Florescia a percepção em torno de um projeto, verdadeira força que resultaria na integridade do território, na unidade nacional e no delineamento de rumos ao destino de grandeza, prosperidade e felicidade de sua gente.

Exército, que é o mais puro e fiel retrato de seu povo; Exército, que foi construído com simplicidade e altivez pelos exemplos de homens e mulheres oriundos de diversas camadas sociais; Exército, de todas as raças, de glórias, desafios e sacrifícios. Nossa Força Terrestre sempre foi a síntese da entrega total à Pátria, participando, inicialmente, com a Marinha, e mais tarde, com a Força Aérea, nossas Forças coirmãs, dos mais importantes episódios da história do Brasil.

Exército da participação nos movimentos de libertação nacional: no processo de Independência e na Proclamação da República. Exército da manutenção da soberania nacional, com a participação do maior de todos os soldados, Duque de Caxias, na (…) manutenção da ordem interna, onde Caxias foi fundamental dos episódios da Balaiada, da Cabanagem e da Guerra dos Farrapos.

E aqui faço um parêntese: na Tríplice Aliança, nós tivemos o primeiro general paraense, que é o general Gurjão. Que é uma honra para esse Estado e para essa cidade de Belém.

(…)

Exército da luta contra o totalitarismo e pela democracia com a bravura da Força Expedicionária Brasileira nos campos de batalha da Itália! Exército da integração nacional e da proteção dos índios com o desprendimento e a coragem de um dos grandes soldados, Marechal Rondon, por exemplo. Exército do paraense Serzedelo Corrêa, destacado general que já naquela época buscava a moralização dos gastos públicos. Hoje, é patrono, tanto do Tribunal de Contas do Pará, como do Centro de Controle Interno do Exército Brasileiro.

Exército da participação na construção da paz mundial, com destaque especial para as tropas brasileiras no Haiti durante três anos! Exército da participação no desenvolvimento nacional, por intermédio da nossa engenharia militar, na construção de importantes rodovias particularmente aqui na Amazônia!

Exército da pacificação em momentos críticos…  Exército de dedicação exclusiva, que pratica a ética, cultiva o patriotismo, difunde valores!

374 anos depois de Guararapes, a jovem República brasileira continua contando com o seu Exército em sua marcha em direção ao futuro. Onde for necessária a presença do Estado brasileiro, lá estarão os seus soldados.

Do Oiapoque ao Chuí, (…), defendendo a nossa soberania, vigiando a fronteira, distribuindo água, abrindo estradas, protegendo índios, preservando o meio ambiente, guardando as nossa riquezas, assistindo à população, garantindo a lei e a ordem ou promovendo a paz em ações irmãs: pode contar com o seu Exército no cumprimento de sua missão constitucional.

E para nós, que servimos na Amazônia Oriental, é uma honra e um privilégio, aqui, em Belém do Pará, daqui, saiu uma expedição de Pedro Teixeira para a conquista da nossa Amazônia. É nossa missão protegê-los e defendê-los nesse rincão da nossa Pátria, a nossa querida Amazônia Oriental.

Esse Exército que, com pensamento estratégico e visão de futuro, vislumbrou em junho de 2013 a criação do Comando Militar do Norte, o nosso Comando, com sede em Belém, com o objetivo de modificar as suas ações na Amazônia oriental nos Estados do Amapá, Pará, Maranhão, e norte de Tocantins. Nesse curto espaço de tempo, completaremos nove anos de existência.

(…)

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Esse jovem Comando Militar de área tem consolidado a sua maturidade institucional e sua identidade com uma equipe de profissionais competentes e dedicados, realizando um trabalho de inigualável valor na defesa e na proteção da Amazônia Oriental.

E aqui eu faço um parêntese porque o Comando do Norte está em crescimento. Eu diria que é um comando “adolescente”. E nesse crescimento está sendo instalado aqui em Belém um Batalhão de Comunicações para transmitir todo o comando e controle do Comando Militar do Norte, com destacamento de aviação do Exército e uma reestruturação de toda a logística, deixando a logística um pouco mais próxima ou realmente ligada na parte operacional. Esse é o presente de nove anos do Comando Militar do Norte. Nós agradecemos muito à cidade de Belém por nos apoiar.

O Comando Militar do Norte, irmanado ao 4º Distrito Naval [Marinha], e ao 1º Comando Aéreo Regional [Aeronáutica] tem buscado cumprir o seu dever constitucional e colaborar com o desenvolvimento desse rincão tão especial, tão rico, em tradição e cultura, tão valoroso em sua história de lutas.

(…) Por tudo isso, só me resta agradecer nessa tribuna o reconhecimento do povo do Pará, que, por meio de seus representantes, homenageia e reconhece essa secular instituição pelos relevantes serviços prestados ao Estado e ao Brasil.

Assim, em meu nome, em nome do comandante do Exército, em nome de todos os integrantes do Comando Militar do Norte – nós temos uma representação significativamente aqui –, o nosso muito obrigado por essa homenagem! Salve o Dia do Exército Brasileiro!

Deputado, deixo para o senhor a minha mais vibrante continência com um brado que nos caracteriza aqui: ‘SELVA!’”.

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