Projeto de Lei Cria Programa de Emprego para Mães Atípicas no Brasil
PL do deputado Raimundo Santos beneficia classe que convive com dificuldades específicas na sociedade
Em seu trabalho contínuo na criação de políticas públicas em favor de classes menos favorecidas na sociedade, o deputado federal Raimundo Santos apresentou no dia 23 de outubro o projeto de lei nº 4062/2024, que institui o “Programa Nacional de Emprego e Apoio para Mães Atípicas”, que deve ser implementado por meio da formação de parcerias com entidades das esferas de governos federal, distrital, estadual, municipal e do setor privado, observando-se a vocação profissional das beneficiárias e a busca de padrões de remuneração compatíveis com os praticados no mercado de trabalho.
Mães atípicas, de acordo com o PL, “são mulheres que assumem o cuidado diário e contínuo de filhos com condições que exigem uma atenção especial em termos de saúde e desenvolvimento”. O parlamentar citou, entre essas condições, as deficiências físicas, síndromes raras, transtornos neurológicos, distúrbios do espectro autista, doenças crônicas e outras condições que afetam o desenvolvimento motor, cognitivo, emocional ou social da criança.
A iniciativa, em um primeiro momento, promoveria a inclusão social dessas mães no mercado, garantindo que tenham a oportunidade de desenvolver habilidades profissionais e contribuir economicamente e na sua própria sustentação com os dependentes.
O “Programa Nacional de Emprego e Apoio para Mães Atípicas”tem como principais objetivos promover a capacitação e qualificação profissional das mães atípicas por meio de cursos, oficinas e treinamentos, garantir apoio psicológico e social às beneficiárias e suas famílias, assegurando acompanhamento especializado, fomentar a inclusão das mães atípicas no mercado de trabalho, com ênfase em modalidades de trabalho remoto ou flexível, além de promover ações de sensibilização e conscientização junto às empresas e instituições sobre as necessidades e capacidades das mães atípicas.
Segundo a sua proposição, serão oferecidos incentivos fiscais às empresas e instituições que contratarem mães atípicas e em conformidade à regulamentação específica a ser definida pelo Poder Executivo. Na proposta, está previsto que as mães atípicas poderão ter direito a uma jornada de trabalho reduzida ou flexível, sem prejuízo da remuneração, conforme regulamentação a ser feita pelas empresas em parceria com o governo e garantindo o atendimento às necessidades dos filhos. Para o parlamentar, instituir o programa “é um ato de política pública e de cidadania tão necessário quanto providencial”.