Raimundo Santos e comitiva em visita técnica às instalações da Colossus Minerals Inc.
A Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Mineração do Estado do Pará, presidida pelo deputado Raimundo Santos (PEN), que tem como vice-presidente a deputada Bernadete Ten Caten (PT) e relator o deputado Gabriel Guerreiro (PV), faz visita técnica, nesta sexta-feira, 03, às instalações da Colossus Minerals Inc, que implantou um projeto de lavra em Serra Pelada. A comitiva, integrada por políticos e empresários, chega amanhã à tarde em Marabá e recebe a imprensa no aeroporto da cidade. De lá, segue para Curionópolis.
De caráter suprapartidário, a Frente congrega todas as bancadas com assento na Assembleia Legislativa do Pará e quer liderar os debates acerca das questões do setor, fiscalizando e propondo alternativas de modo a tranquilizar a população e viabilizar mais investimentos. Trinta anos depois que os grandes projetos entraram em operação no território paraense, a saída é a revogação da Lei Kandir, que desonera as exportações de bens primários e semielaborados, que se tornou uma via de sangramento da receita do poder público sem qualquer compensação no processo produtivo.
O deputado Raimundo Santos acredita que o Pará pode inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento com as novas regras propostas para o setor mineral, e entende que a Frente Parlamentar tem a alta responsabilidade de atuar de forma a garantir que os prometidos US$41 bilhões (mais de R$82 bilhões) de investimentos pelas gigantes da mineração até 2014 não perpetuem a histórica situação de exportação de matéria prima sem contrapartida na verticalização da produção e qualificação da mão de obra.
“Já sabemos que a maior parte desses recursos – cerca de 26 bilhões de dólares – será aplicada na extração de minério, e menos da metade (US$ 11 bilhões) na indústria de transformação, US$ 2,7 bilhões em infraestrutura e transporte e US$ 505 milhões em outros negócios. Temos compromisso com a justiça social, a viabilidade econômica e o equilíbrio ambiental. Por isso vamos sugerir políticas de fomento à inovação do desenvolvimento sustentável nos municípios mineradores, investimentos na formação de mão de obra local e verticalização da produção mineral paraense. Já contamos com a adesão de várias instituições, entre elas a Alepa, Simineral, Ibram, Fiepa, Sebrae e Câmara Municipal de Marabá. E temos uma agenda preliminar que inclui como uma das primeiras atividades da Frente a visita às cidades mineradoras”, defende o presidente da Frente Parlamentar, aduzindo, ainda, que a vocação minerária do Pará tem que ser aproveitada de maneira que as riquezas – ferro, bauxita, cobre, caulim, alumina, alumínio, gusa, níquel e, no futuro, o aço – sirvam para que o Pará cresça e se desenvolva, gere emprego, renda e progresso.